terça-feira, 12 de maio de 2009

Arroubamento de espírito

Já abri essa página três vezes nessa semana pra ver se sai algo. Oi, cadê?

Essa semana me perdi em meio a tantos pensamentos. Sobre o valor (que pensei a partir de ler o texto que a Záza escreveu :), sobre a confiança que depositamos nas pessoas, sobre mim. Pensar em alguns pontos dessas coisas me deixou indignada...
É visto com tamanha facilidade a exposição de corpos, gerando o auto-afirmação. A verdade é que as pessoas se sentem carentes de elogios, de cultura. Aceitam o que a sociedade impõe sem perceber, são alienadas facilmente, perdendo totalmente seus valores como pessoa.
ALIENAÇÃO: s.f. arroubamento de espírito. Como diz Fernando Anitelli: "Qualquer palavra satisfaz. A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia."
E foi através disso que meus pensamentos se dirigiram à confiança. Já fiz amizades que acreditei que durassem para sempre, dividi histórias que hoje são de pouca importância, mas que antes me sentiria extremamente magoada se fosse traída. Descobri que, talvez pela alienação, fez-se esse tipo traíção. A alienação cega, ensurdece.
Mas, quem sou eu para julgar os outros com as poucas experiências que tive? Logo eu que não sei nem mesmo para onde devo ou quero ir. "Mas não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir". É nessa incerteza que vou caminhando, na indignação, que às vezes tento amenizar, na harmonia que procuro encontrar.
Quer ir comigo? :)

Xanéu Nº 5 - O Teatro Mágico
Infinita Highway - Engenheiros do Hawaii


(Feliz aniversário, Isabela!)

4 comentários:

Isabela disse...

Definitivamente, é claro que quero ir com você, sempre.
Eu também fico indignada com muitas coisas. Eu divido muito quando às vezes, deveria somar. Egoísta.

"A nossa indignação é uma mosca sem asas, não ultrapassa as janelas de nossas casas" (Skank)
Será?

Obrigada! :*

Tales Tomazett disse...

noffa que bagunffa
nao entendi direito essa postagem.. a começar do titulo
mais teve bão
sentir indignado eh o primeiro passo pra mudança!

Mel disse...

postei esses dias um desabafo meu, sobre essa juventude de hoje em dia, mais a Isa me disse uam coisa que é certa, quem sabe eu seja igaul a eles. E apesar de eu querer não ser, talvez eu pareçoa mais eles do que eu queira. Tento mudar, e tento ser diferente. é, a caminhada é longa e nunca alcançamos a perfeição.

Mateus disse...

Nunca ouvi a música do teatro mágico mas já ouvi falar do xanél nº 5, um perfume comunzérrimo coptado por uma grife que lhe atribui seu selo e de 50 centavos passa a valer sei lá quantos euros.
Tava lendo esses dias pra trás um cara que escreve muito bem e participando de um curso que to achando muito esclarescedor; me fizeram refletir: as pessoas estão muito ocupadas com seus próprios negócios, em subir na vida, preocupadas com suas individualidades que acabam por não se interessar pelo geral. Acham conveniente que tenha alguém governando por elas, pois isso lhes poupa o pouco tempo que têm para trabalhar muito, ganhar pouco, comprar coisas e não ter tempo para usá-las, depois comprar outras coisas que têm uma tecnologia maior empregada, um monte de coisas pra lazer que quase nunca por ele serão usadas e um monte de ornamentos e demais futilidades, tentam sempre atingir um lugar mais acima, como se não fossem morrer querem desfrutar tudo que há de melhor em materialidades ou se martirizam só do medo de não poder desfrutar de algum prazer material antes de morrer, sofrem muito por medo de talvez não ter escolhido o caminho mais curto para atingir esse lugar ao sol, essa coisa que a gente fica se martirizando todos os dias sobre se o nosso curso é bom, se a gente vai conseguir ganhar dinheiro. As pessoas são tão iguais e tão livres, podem fazer tantas coisas para serem diferentes que já nem se interessam, são tão iguais que não fazem a diferença, são tão livres para pensar diferente que acabam preferindo pensar igual por achar este o caminho mais curto. E eu fico nessa de: "Se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim!"