segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Capítulo II

"[...]Derrepente sobrou alguma coisa pra mim.
- Toma Raquel, fica pra você.
Era a bolsa.

A bolsa por fora:
Era amarela. Achei isso genial: pra mim amarelo é a cor mais bonita que existe. Mas não era amarelo sempre igual: às vezes era forte, mas depois ficava fraco; não sei se porque ele já tinha desbotado um pouco, ou porque já nasceu assim mesmo, resolvendo que ser sempre igual é muito chato.
Ela era grande; tinha até mais tamanho de sacola do que de bolsa. Mas vai ver ela era que nem eu: achava que ser pequena não dá pé.
A bolsa não era sozinha: tinha uma alça também. Foi só pendurar a alça no ombro que a bolsa arrastou no chão. Eu então dei um nó bem no meio da alça. Resolveu o problema. E ficou com mais bossa também.
Não sei o nome da fazenda que fez a bolsa amarela. Mas, não era uma fazenda grossa, e se a gente passava a mão arranhava um pouco. Olhei bem de perto e vi os fios da fazenda passando um por cima do outro; mas direitinho; sem fazer bagunça nem nada. Achei legal. Mas, o que eu ainda achei mais legal foi ver que a fazenda esticava:
- Vai dar pra guardar um bocado de coisa aí dentro"

Lígia Bojunga Nunes

To be continued.

Um comentário:

Ana Clara disse...

o seu livro preferido! :) me identifiquei na parte que a bolsa parecia mais sacola, minhas bolsas sempre parecem sacolas iuheiehu
curti o final de filme também! :*