terça-feira, 19 de maio de 2009

Atribuição de significados

Abriu a porta que levava para o jardim, caminhou em direção a ele. Espontanemente chutou as pedras, depois as plantas, cavou o chão e observou...
Da terra tirou uma minhoca. Cortou-a ao meio, com sorriso no rosto, os olhinhos brilhavam de prazer... E com grande satisfação disse:
― Pronto, agora você já tem um amiguinho!

Esse foi um exemplo de Shlien (1964) explicando a ocorrência da atribuição de significados aos conhecimentos que temos, que eu adaptei pra ficar mais bonitinho...
A atribuição imediata que fazemos aos significados resulta em uma profecia auto-realizadora, onde o que pensamos sobre os outros se torna verdadeiro, porque os tratamos inconscientemente de uma maneira que nos leva agir invariavelmente. É preciso voltar à coisa mesma, suspender qualquer tipo de pré-conceito, mesmo em casos menores, vistos com nenhuma importância. Como nessa éstoria, onde primeiramente viria em nosso pensamento um comportamento de agressividade vindo da criança. Mas acaba sendo tão difícil a não atribuição de significados aos nossos problemas do dia-dia...
Bom, só fiz essa observação porque ultimamente tô gostando muito de fenomenologia e acho que a estorinha teve tudo a ver. Tá ficando gay isso aqui ultimamente, e eu repetitiva. ouiheoeihu

Boa noite.


2 comentários:

Isabela disse...

Eu não estou achando nosso blog gay não. Acho muito legal esse sentimentalismo todo, sentimentos à flor da pele. É bom para escrever, e para confundir quem lê. Cada um tem uma interpretação de cada texto, e muitas vezes o que se lê não é realmente o que está escrito.
:*

Mateus disse...

Então vou incrementar com um pouco de Antropologia.
Creio que é impossível não atribuir significados às coisas, dado que todos nós temos pré-conceitos.
O ser humano se inaugura com a aquisição da capacidade simbólica, como diria Lévi-Strauss. Então, é a partir do momento em que se adquire a capacidade de atribuir significados às coisas é que o humano passa a existir.
E são tantos os sentimentos, tantos significantes que os vários (poucos) significados que temos são incapazes de definir o que sentimos, por isso é tão complexo falar de amor, deviam inventar umas variações pro 'eu te amo'!
Hahahahah